Biomassa das baleias capturadas nos Açores equivale a quatro navios “Queen Elisabeth”
Num estudo acabado de publicar na revista Fisheries Research, estimase que a biomassa total equivalente à captura de 23.557 cachalotes pela baleação costeira dos Açores, entre 1896 e 1987, seja de 361,039 toneladas.
Esse valor é equivalente a quatro vezes o peso do paquete “Queen Elisabeth” (90.900 toneladas), refere uma nota do Departamento de Oceanografia e pescas dos Açores.
No mesmo documentos os especialistas deste departamento da academia açoriana referem que o paradigma actual da gestão dos recursos marinhos implica uma melhor compreensão dos complexos processos ecológicos que influenciam os ecossistemas marinhos. A biomassa removida por actividades humanas é um dos principais indicadores utilizados em vários tipos de modelos, mas infelizmente na maior parte dos casos não existem registos rigorosos sobre o seu valor, sendo necessário desenvolver métodos fiáveis para a estimar. Mais referem que os cetáceos são importantes predadores no ecossistema marinho, tendo provavelmente um papel chave na estruturação das cadeias tróficas. A caça intensiva às grandes baleias retirou enormes quantidades de biomassa dos oceanos, com efeitos ainda pouco compreendidos nos seus ecossistemas. Adicionalmente, a baleação poderá ter contribuído para o aquecimento global, através da libertação de grandes quantidades de carbono para a atmosfera e ao diminuir a eficácia de alguns processos de fixação de carbono nos oceanos.
Baleação costeira desde 1896 mas sem registos fidedignos A baleação costeira dos Açores foi desenvolvida desde a década de 1850, mas só há registos fidedignos das capturas a partir de 1896. Através da reconstrução das capturas e da produção industrial de óleo, aplicaram- se dois métodos para estimar a biomassa removida que produziram valores muito semelhantes. A estimativa de 361,039 toneladas foi a considerada mais fidedigna para o período total da baleação costeira dos Açores. Este valor não inclui, no entanto, as capturas feitas por navios de outras nações nas águas dos Açores, que são desconhecidas, pode ler-se no documento. Para além disso é referido que poder- se-ia pensar que esse exercício é inútil, uma vez que a última baleia capturada nos Açores for arpoada em 1987. Na realidade, a quantificação das extracções de organismos dos ecossistemas marinhos no passado é essencial para a gestão dos recursos marinhos na actualidade. Os resultados deste trabalho foram, utilizados noutro quantificou as capturas totais nos dos Açores entre 1950 e Este estudo, diz o DOP, é o publicado em parceria pelos MAPCET e pelo Sistema C&T Regional – Açores. O trabalho foi efectuado nossos colegas Rui Prieto, Pham e Telmo Morato, em com Cristina Brito, do Centro de História de Além das Universidades Nova de Lisboa dos Açores.
Notas sobre rendas
1 – Origem
A maior parte das rendas expostas são feitas na ilha do Pico (cerca de 60%), Faial (cerca de 30%) e de S. Miguel, Graciosa e Terceira (os remanescentes 10%).
2 – Especificidades/destaques
A linha nº 22 é a mais fina, que já não se encontra no mercado local e mais difícil e morosa de trabalhar.
Os modelos mais antigos e tradicionais, são a flor de laranjeira, a abécula e a rosa.
Na ilha do Pico chegaram a existir mais de 500 mulheres a fazer rendas para venderem, sobretudo através de uma senhora do Faial, daí serem muitas vezes tidas como sendo desta ilha.
As rendas também são utilizadas para decorar por exemplo lençóis, para aplicar em toalhas, ou naperons.
Atualmente, só senhoras com mais de 70 anos de idade é que ainda fazem, vagarosamente, algumas rendas.
Meloas de Santa Maria com mais vitamina C que as restantes
A Comissão Europeia atribuiu ontem à Meloa de Santa Maria, a classificação de Indicação Geográfica Protegida (IGP), passando o fruto a integrar uma lista que conta já com quase 1.200 produtos regionais.
A meloa em causa, cultivada na ilha açoriana de Santa Maria, foi classificada devido ao seu sabor doce e suculento quando madura e ao elevado teor de vitamina C, muito superior à média das meloas comuns. A IGP é a classificação ou certificação oficial regulamentada pela União Europeia atribuída a produtos gastronómicos ou agrícolas tradicionalmente produzidos numa região. Para um produto obter a classificação de IGP, tem de ficar demonstrado que pelo menos uma parte do seu ciclo produtivo tem origem no local que lhe dá o nome e que tem uma “reputação” associada a essa mesma região, de tal forma que é possível ligar algumas das características do produto aos solos, ao clima, às raças animais, às variedades vegetais ou ao saber fazer das pessoas dessa área.
“Mais valia para a economia da ilha”
A deputada do Partido Socialista, Bárbara Chaves, congratulou- se pela classificação da Meloa de Santa Maria como Indicação Geográfica Protegida (IGP), o que “constitui uma conquista dos produtores de meloa da ilha de
Santa Maria, da Associação Agrícola e Agro- MarienseCoop”.
“A meloa de Santa Maria é um produto único, que se diferencia pelas suas características especificas que o solo lhe confere. A partir deste momento, só os produtores marienses poderão produzir e comercializar Meloa de Santa Maria, com benefícios claros para a economia local”, destacou a deputada Mariense. Bárbara Chaves considerou que esta classificação “permitirá
que Santa Maria seja conhecida em todo o mundo por produzir um fruto IGP, podendo ser potenciada essa classificação, não só ao nível do aumento da produção, mas também explorada com fins turísticos”. “O Governo Regional desde a primeira hora disponibilizou o apoio técnico e financeiro necessário para que este processo tivesse um resultado positivo que hoje conhecemos”, referiu a deputada socialista. “Cabe agora aos produtores e às associações de produtores unirem-se cada vez mais, tornarem-se mais coesos, de modo a que Santa Maria e a Meloa agora reconhecida internacionalmente como IGP, constitua um produto com cada vez mais valor”, salientou Bárbara Chaves.
Luís Neto Viveiros satisfeito
O Secretário Regional da Agricultura e Ambiente congratulou-se com a atribuição pela Comissão Europeia da classificação de Indicação Geográfica Protegida à Meloa de Santa Maria, que considerou ser “uma mais-valia comercial,” e cujo ‘selo’ pode ser utilizado já na próxima produção, neste ano.
“A classificação da Meloa de Santa Maria como produto de Identificação Geográfica Protegida (IGP) que já tinha sido publicada em Jornal Oficial a 3 de Setembro de 2013 e agora reconhecida por Bruxelas, é a sétima certificação desta natureza a ser obtida para produtos agroalimentares dos Açores”, recordou Luís Neto Viveiros. Além da certificação IGP da Meloa de Santa Maria e da Carne dos Açores, são também reconhecidos a nível nacional e comunitário o Queijo de São Jorge, o Ananás dos Açores/São Miguel, o Maracujá de São Miguel/Açores, o Mel dos Açores e o Queijo do Pico, como produtos de Denominação de Origem Protegida (DOP). O Governo dos Açores faculta apoio técnico para que as organizações ou associações reconhecidas possam candidatar os seus produtos a uma certificação, que considera representar uma mais-valia comercial e até cultural.
Produtores de meloa de Santa Maria “muito felizes”
Também o presidente da cooperativa de produtores agrícolas de Santa Maria, nos Açores, afirmou à Lusa que a certificação europeia da meloa produzida na ilha o deixa “muito feliz”, manifestando esperança que haja uma “reflexo positivo” nos rendimentos dos produtores. Anualmente, são produzidas cerca de 150 toneladas de meloa, que são vendidas no mercado regional e do continente a mais de um euro por quilo. Com um peso médio de oito quilos, a meloa de Santa Maria é produzida ao ar livre e
está, habitualmente, no mercado entre Julho e Setembro.
A Massa sovada é uma espécie de pão doce português que tem uma versão açoriana muito específica e tradicional, sobretudo nas festas do Espírito Santo e na Páscoa, altura em que traz ovos cozidos no seu interior e se designa por “Folar”:
PREÇOS DE CAMPANHA STAFF PRIMAVERA:
Massa Sovada de 600 gr. = € 3,50
Folar de 200 gr. com 1 ovo = € 2,90
Folar de 400 gr. com 2 ovos =€ 5,80
A obra do terceirense padre António Cordeiro, HISTÓRIA INSULANA DAS ILHAS A PORTUGAL SUJEYTAS NO OCIANO OCCIDENTAL, foi publicada em 1717, em Lisboa.
«Ao incluir todas as ilhas na sua obra, factor que espelha um sentimento de “açorianidade”, e ao reflectir sobre a organização dos poderes e das instituições regionais, factor que traduz uma percepção de “insularidade”, o padre António Cordeiro é o primeiro pensador a esboçar uma reflexão de clara índole autonomista numa obra vanguardista, que só muitos anos mais tarde a história das ilhas tornaria, em parte, viável.»
(Carlos M. M. do Vale César, Presidente do GRA, extraído do prefácio a esta edição)
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