I – A proponente, APS (Ana Paula Sousa), iniciou os seus contactos com artesãos de S. Miguel e a seguir das outras ilhas do Arquipélago, com a venda ambulante de artesanato açoreano; produtos locais (alimentares e bebidas) e livros de autores açoreanos, numa banca improvisada na doca de Ponta Delgada, aquando da atracagem dos navios com turistas, no ano de 1995, no âmbito da atividade de uma Associação para o Desenvolvimento Local nos Açores, Terra Mar, à qual Direção pertencia. Este impulso inicial, alimentado por convicções de cidadania, de participação ativa na construção de alternativas ao desenvolvimento do mundo rural e piscatório do arquipélago, e na afirmação dos elementos materiais e espirituais da cultura açoriana, veio a conhecer um crescimento muito acima do previsto, tendo-se construído uma Loja com mais de 200 m2 no Centro Comercial Sol Mar, em Ponta Delgada, em que APS foi a principal obreira e a gestora executiva permanente, contactando com mais de 400 artesãos disseminados pelas 9 ilhas dos Açores, atingindo um volume anual de vendas na ordem dos 360 mil euros. Cessou funções naquela associação em Abril de 2003.
II – Em Junho de 2004, foi convidada pela ANA, SA a ocupar um Quiosque na Sala de Embarque do aeroporto João Paulo II, comercializando artesanato açoreano, produtos locais e culturais (livros, imagens, fotos, música, DVDs., mapas, obras científicas…).
Da experiência da exploração do Quiosque com 9 metros quadrados dentro da Sala de Embarque daquela aerogare, realça-se o equilíbrio financeiro apurado, a comercialização do ananás e a distinção recebida com o 1º Prémio da melhor decoração de Natal desse ano, nos aeroportos da ANA, SA nos Açores.
III – A designação Loja dos Açores foi registada em nome de APS pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial, a 21 de Abril de 2006, com o nº 48150. Formalizava-se assim a situação que existia no espaço que é ainda o atual, desde Janeiro de 2005, data em que a atividade foi transferida do Quiosque para a loja atual (Nota: o texto é de 2012), com aquela designação.
Em 2006, a Loja dos Açores recebeu uma menção honrosa no concurso de decoração de Natal, atribuído pela ANA,SA.
Alguns produtos locais (alimentares e bebidas açorianos) raros de encontrar em S. Miguel, ou mesmo inexistentes, estão há muito disponíveis na Loja dos Açores, tais como o Alfenim da Terceira, os Alhos da Graciosa, os Charutos de S. Jorge (doce), a compota e o licor de ananás do Augusto Arruda, a torcida de tabaco para picar ou o rapé.
Alguns produtos do Artesanato Regional muito raros de encontrar em S. Miguel, quase todos inexistentes na oferta privada, estão há muito disponíveis na Loja dos Açores, tais como bordados a palha do Faial, mantas de S. Jorge, rendas do Faial e do Pico, basanitas do Faial, cantaria de S. Jorge, olaria da Terceira (designadamente alguidar para alcatra) e do Pico, peças em ráfia, peças em palha de trigo, boneca Labrega do Pico, peças em miolo de hortência das Flores, guizos e badalos, bandeiras dos Açores bordadas à mão, camisolas de lã de Santa Maria, fechaduras do Corvo, embutidos em madeira, cerâmica de S. Jorge; corda feita com cauda de boi da Terceira, figuras humanas feitas em pau de fósforo da Terceira, ciros, traje e apetrechos dos Romeiros de S. Miguel e trajes tradicionais do folclore açoreano.
Realizamos na aerogare do aeroporto João Paulo II, em Dezembro de 2011 uma exposição de Presépios, em cujos convites se pode ler: «Apesar da sua reduzida dimensão, esta Exposição mostra as peças mais tradicionais em lapinha, trabalhos em osso de cachalote, marfim vegetal, basalto, eucalipto, pau de fósforos, folha de milho, bambu, osso de vaca, corno de veado, barro, conchinhas, miolo de figueira, e outros construídos com sementes, cascas e partes secas de plantas diversas. Reúne presépios construídos por artesãos residentes nas ilhas Terceira, Faial, Pico e S. Miguel.».
Realizamos na aerogare do aeroporto João Paulo II, em Março de 2012, uma Exposição de “Rendas de Acaseado do Pico e do Faial”, em cujos convites se pode ler: «Esta Exposição mostra as Rendas mais tradicionais e características daquelas ilhas, que atualmente são feitas apenas por senhoras de idade avançada. A Exposição está aberta ao público ininterruptamente. No entanto, qualquer pessoa, coletividade ou entidade interessada numa visita guiada profissional a esta Exposição, poderá fazê-lo todos os dias, exceto aos sábados e domingos, das 09:00h às 17:00h.». Nesta oportunidade, concedemos uma entrevista na RDP, no programa do jornalista Sidónio Bettencourt, “Entre Nós? Nove Ilhas?”
Todos os anos, o manequim colocado à porta da Loja, vestido com o traje tradicional do folclore açoreano, é substituído durante o período das Romarias, por altura da Páscoa, por uma figura de Romeiro em tamanho real, vestido a rigor, cujo busto foi talhado em madeira por um artesão da especialidade.
A Loja dos Açores marcou presença em diversos números da revista Livening, editada pela ANA,SA e participou em várias campanhas promocionais junto de diferentes públicos.
A Loja dos Açores participou em diversas ações de formação e workshops realizados pela ANA,SA, e submete-se com regularidade a ações de avaliação externa relativamente a aspetos de segurança, de higiene, e de racionalização de recursos energéticos.
Regularmente, ao longo dos anos, a Loja dos Açores apresenta montras e decorações específicas nas seguintes circunstâncias: por datas (Natal, Dia dos Namorados, Carnaval e Páscoa); por Ilha (promoção/destaque de todos os produtos de uma determinada Ilha – artesanato, alimentares e bebidas e livros de autores naturais daquela ilha e de outros autores sobre aquela ilha); e por tipo de produtos (por exemplo rendas, ou bonecas, ou flores em escama de peixe, de várias ilhas).
06 de setembro de 2012
Apesar da sua pequena dimensão, a Loja dos Açores, é a única empresa privada nos Açores que, desde 2004, comercializa apenas artesanato genuíno das 9 ilhas dos Açores, e cuja atividade se traduziu, até agora, no pagamento de perto de meio milhão de euros aos cerca de 300 artesãos açoreanos com quem trabalhamos regularmente.
Graças à Loja dos Açores, mais de 100 mil euros em média anual, são distribuídos sobretudo pelas freguesias rurais e piscatórias do arquipélago, que ajudam certamente a reforçar o rendimento familiar de muitas famílias, ao mesmo tempo que contribui para o perdurar das artes tradicionais dos Açores.
Considerando que a maior parte dos clientes da Loja dos Açores, são agentes económicos residentes fora da RAA, acresce nesta perspetiva o contributo, embora modesto, para as exportações regionais e para a captação de mais-valias geradas fora da Região.
A forma acolhedora e profissional como os clientes são atendidos na Loja dos Açores, contribui para a boa imagem que a Região deixa no espírito de quem nos visita, que se revive e se acentua no momento do seu regresso, no aeroporto.
Durante cerca de 7 anos, a Loja dos Açores proporcionou a criação de dois postos de trabalho a tempo inteiro. A diminuição das vendas impôs uma redução das despesas com pessoal e, atualmente, estamos reduzidos a uma funcionária a tempo parcial. Após a ampliação, contamos poder oferecer dois postos de trabalho em regime de tempo parcial.
A Loja dos Açores contribui para a promoção e valorização de recursos endógenos dos Açores, embora com um volume relativamente modesto em termos macroeconómicos, o escoamento de artesanato açoriano constitui um incentivo à valorização de recursos naturais endógenos, como o basalto, as conchas, o osso de baleia, a escama de peixe, a folha de milho, o barro, entre outros que, pela ação daquelas e daqueles que nas várias Ilhas, dominando as artes tradicionais, os transformam em produtos de elevado valor acrescentado.
Por outro lado, considerando-se que a própria população, as suas tradições e os seus saberes fazer, são recursos endógenos de elevado potencial, a Loja dos Açores presta um contributo relevante à viabilidade da atividade artesanal, por lhe dar mais visibilidade e escoamento.
Dezembro de 2012
Extraído da revista da ANA,SA, Livening, nº 8 – Outono/Inverno de 2011
O lugar que a Loja dos Açores ocupa, e pretende ocupar substancialmente melhor com a ampliação da sua área, é muito claro e tem contornos bem definidos:
A Montra dos Artesãos das 9 Ilhas dos Açores.
Trata-se de Expor com respeito pela dignidade de cada peça, com arte e harmonia; saber apresenta-las, revelando os seus contornos históricos, em várias línguas Português, Inglês, Alemão, Espanhol, Italiano e Francês; disponibilizar as “Arts & Crafts” dos Açores sem que nenhuma peça em exposição tenha origem fora da RAA,( sendo as T-Shirts a única exceção).
Distinguimo-nos de todos os outros locais de venda supostamente de artigos regionais, pois não se vê na Loja dos Açores nenhum produto dos que abundam e predominam nos expositores de todos os outros locais, na cidade de Ponta Delgada, bem como, infelizmente, em toda a Região, com algumas exceções honrosas nas Lajes do Pico.
A Loja dos Açores tem um compromisso público, designadamente com um leque alargado de clientes fidelizados, e individual, com cerca de 300 artesãos disseminados pelas 9 ilhas dos Açores, de recusar a “tentação comercial” do negócio dos “souvenirs” produzidos no continente, ou na China, embora todos com a inscrição “Açores”, que pululam por todo o lado onde passem turistas. O nosso cliente, é aquele que ao entrar na loja exclama: «Finalmente aqui encontro o verdadeiro artesanato, as produções genuínas, os livros dos autores açoreanos, a História Insulana, a música açoriana!».
Os colaboradores da Loja dos Açores são educados a transmitir a quem entra na loja um sentimento de alegria e disponibilidade, manifestando, comedidamente, o seu orgulho em receber alguém interessado nos elementos materiais e imateriais da cultura açoreana, e sabendo transmitir os modos de vida associados aos temas expressos com arte nos diversos materiais.
Trabalhamos intensamente com os colaboradores da Loja dos Açores no sentido da sua formação, tanto em técnicas de vendas, como no desenvolvimento de capacidades de comunicação dos conhecimentos sobre cada tipo de produto, partilhando-se textos específicos, (por exemplo sobre as flores artificiais, as rendas, sobre o osso de baleia e o dente de cachalote, sobre os bordados, o traje, a história dos presépios de lapinha, a origem dos foliões, entre outros), e realizando-se fichas de avaliação formativa e simulações de situações com clientes.
A Loja dos Açores pretende ocupar um lugar de “âncora” para quem está em viagem, por exemplo fornecendo selos de correio em horários em que os serviços dos CTT estão encerrados, guardando chaves e outros objetos que mais tarde são entregues a familiares e/ou amigos, ajudando a embrulhar objetos especiais, dando informações sobre temas diversos, trocando dinheiro, emprestando o nosso telemóvel para quem precisa de fazer uma chamada rápida, enviando pelo correio a peça encomendada sem custos adicionais, isto é, prestando com dedicação e carinho, um serviço tão personalizado, quanto individual é cada peça de artesanato e cada cliente.
Para reforçar a proximidade com o cliente, cada envelope utilizado para embalar a mercadoria vendida, em qualquer dos seus 4 tamanhos, tem uma composição individual e contém um carimbo com o nº de telemóvel da Proponente Ana Paula Sousa, bem como o endereço de correio eletrónico da Loja dos Açores:
Situada junto ao balcão da Sata, em frente à sala de embarque do maior aeroporto dos Açores (Ponta Delgada), a Loja dos Açores é a única loja de uma empresa privada que comercializa artesanato, produtos alimentares e bebidas, produções literárias e musicais, apenas genuínos – o seu principal argumento.
A Loja dos Açores tem o compromisso público de recusar os “souvenirs” produzidos fora da RAA. O nosso cliente é o que procura o verdadeiro artesanato regional, as produções genuínas, os paladares tradicionais, os livros dos autores açorianos, a música açoriana. Muitos residentes em S. Miguel sabem que aí poderão encontrar produtos que não existem noutros lugares.
A maioria dos clientes são residentes fora da RAA, com relevo para os emigrantes e seus filhos que visitam a terra das suas origens, onde mergulham as suas raízes, tão visíveis nos produtos em exposição. É pois um mercado em franca expansão, pouco afetado pelas restrições que afetam a maioria dos portugueses.
Tendo ampliado a área da Loja há 1 ano, o projeto futuro mais imediato é investir no aumento da sua diversidade. A Loja dos Açores, pela natureza dos seus fornecedores, tem de tomar a iniciativa de contatar os artesãos, que não comunicam por correio eletrónico e muitos não usam telefone nem telemóvel. A deslocação a cada uma das 9 ilhas é, portanto, imprescindível para se ampliar e aprofundar a qualidade do nosso espaço comercial. Preparamos a venda ambulante dos nossos produtos na cidade de Ponta Delgada, aquando do desembarque dos turistas que nos visitam durante a escala dos navios cruzeiros. A abertura de uma loja em Ponta Delgada permanece como uma expectativa logo que a sua localização seja apropriada. Pretendemos criar modelos de t-shirts originais com design apelativo sobre temas açorianos relevantes. Estamos em contacto com uma equipa profissional de designers especializada em vestuário, tendo em vista a conceção de vestuário moderno que recupere elementos dos trajes tradicionais açorianos.
Título do registo de nome de estabelecimento LOJA DOS AÇORES passado pelo INPI. Diversidade, genuinidade e qualidade artística dos produtos em exposição que materializam e veiculam tradições da cultura açoriana. Ausência de uma concorrência séria e direta percetível pela maioria dos clientes. Localização no maior aeroporto dos Açores e junto ao balcão da Sata enfrente à sala de embarque. Área de 40 metros quadrados com ótimo ambiente. Experiência de 20 anos da sócia gerente na comercialização de artesanato da RAA. Contatos e qualidade da relação de confiança com mais de 300 artesãos disseminados pelas 9 ilhas dos Açores. Longevidade e qualidade da relação com a ANA, Aeroportos de Portugal (cerca de 13 anos). Disponibilidade da sócia gerente, com dedicação absoluta e exclusiva à atividade comercial. Imagem junto dos seus diversos públicos. Não dependência de um qualquer fornecedor em particular. Apoio do marido da sócia gerente nas relações públicas, decoração da loja e relações com as entidades oficiais.
Sazonalidade do fluxo de passageiros no aeroporto de Ponta Delgada. O fato de os produtos comercializados não serem de primeira necessidade. Dependência da atividade das capacidades da sócia gerente.
Possibilidade de ampliação da área da loja atual. Possibilidade de aumentar a diversidade dos produtos para venda. Alargamento da atividade comercial para outros espaços tirando maior partido do know how acumulado ao longo de 2 décadas de atividade. Criação de uma gama de novos produtos com a marca da Loja dos Açores, com possibilidade de revenda fora do aeroporto João Paulo II.
Hecatombe mundial com consequências na diminuição dos fluxos turísticos. Extinção da atividade artesanal tradicional em alguns tipos de produtos.
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